A vida terrena é marcada pela passagem de ciclos.
No começo do dia o menino-homem inicia sua jornada engatinhando, eis que depois se transforma em homem de saber.
Mas logo vem o cair da tarde e passa naquela rua aquele mesmo homem acompanhado de sua bengala errante pela estrada.
Sendo, o homem um animal feroz irmão da Esfinge na sua brutalidade ele depara-se com o mistério.
Ora ver a sua imagem,
Ora ver a imagem da Esfinge no espelho.
Quem é ele?
Quem é a Esfinge?
E no espelho, e na imagem ele procura se distinguir decifrando o próprio mistério.
Nas ações do homem é possível enxergar o tamanho de sua monstruosidade, então é o homem uma besta temível tal como a Esfinge.
E haverá aquele homem de conquistar e destruir
reinos lutando contra a mesma espécie.
Somos tudo.
Besta, enigma e Édipo.
Na descoberta do que fomos e do que seremos é
destruída a grandeza do Ser.
Eis que surge o fim do ciclo e Deus fecha os olhos
do homem para o mundo e para as coisas do mundo.
Então, o homem dorme em um sono profundo e eterno.
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