quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lembranças dos meus tempos


Hoje eu lembrei os meus dias,

Assim como sempre.

Lembrei-me da maré que vem e vai

Trazendo o que foi, e já não é mais.

Cada vinda é diferente, cada face é modificada pelo tempo.

E o que vejo já não é mais o mesmo,
 
Senão as lembranças dos meus tempos.

 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Miragem dos olhos


Miragem dos olhos quando se encanta,

Se apaixona, enfeitando o que ver.

A beleza vem de cada um, e

É atribuída por nós.

Há muitas belezas,

Mas nem todos conseguem vê-las.

O apego ao visível limita

A grandiosidade de todas as belezas.

Podera ver e sentir tanto mais

Com o coração do que com
 
O olhar.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Grande mar


 
Faz-me um grande mar de violentas ondas.

Que vem só para te acalmar no doce balançar

Das minhas águas que são

Tão escuras e profundas.

 Mas que quando na

Tua presença estar se tornam

Tão claras e azuis.

Do mesmo azul que nos teus olhos encontrar.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Viajante


Nessas grandes águas eu serei o pequeno barco a navegar.

Não sou de ninguém.

Ao mesmo instante sou desse mundo inteiro.

No embalo dessa ventania eu vou aprendendo a voar.

Sou viajante, navegante.

Passageiro a carregar saudades

Dessa viagem.

domingo, 25 de novembro de 2012

Simplicidade



Toda a simplicidade resolveu entrar no meu dia hoje.
Tão bom é caminhar descalço no verde gramado,
Cantando a melodia de mais um dia.
Guardo um pouco de mistério para pôr nos meus versos.
Meus amigos são os doces gestos.
O de um olhar que consegue expressar tudo que o coração possa sentir.
Desculpe, mas não sou de disfarçar nem esconder sentimentos.
Se fosse, os tornariam tão pequenos.
Às vezes vivo tão distante porque a natureza me rouba pra se tornar sua amante.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A única velocidade


Eu caminho cantando.
E todo o meu caminho começa a florescer.
Meus passos são os de um aprendiz do tempo e das horas.
Sem pressa eu vou entre tantas estradas.
A única velocidade que tenho é a de conhecer. Tanto o mundo quanto meu próprio ser.

domingo, 18 de novembro de 2012

Da janela que é o mundo





Da janela que é o mundo
Vejo a saída, a vida e uma viagem.
A paisagem tão linda se tornou
Obscura quando perdi o desejo de
Contemplá-la, me preocupei
Com as horas que o tempo levava.
Preocupe-me com a chegada,
Mas quando cheguei vi que a
Chegada não significou nada.
Perdi a beleza deixada na estrada.
Colhi flores, mas nas flores não
Atribuir a minha beleza e encanto.
Nos bolsos ainda carrego a flor murcha e triste.
Mas quando a olhei com os olhos
De um verdadeiro admirador, vi que sempre carreguei
Comigo a mais bela das flores.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Livre






Livre como a folha que cai.
Livre como o vento que passa.
Tinha asas para voar, mas foram cortadas.
Tinha um mundo infinito,
Hoje não lhe resta mais nada.
Uma pequena gaiola
Não pode ser chamada de casa.
O seu canto agora é o da liberdade.
Pela liberdade, viva a liberdade!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Era tanto...



 
Era tanto o que tinha.
Tanto era o sol que lhe iluminava,
A água que lhe banhava
E a vida que só passava.
Só passava...
Eu a acompanhava em suas vastas caminhadas.
Sempre ali e aqui, a buscar um pouco de mim.


O belo e o bonito


 Nunca quis escolher entre
O belo e o bonito.
Por isso escolhi a ti: natureza.
Que és tão simples e perfeita.
Por toda a sua grandeza
Que está muito além do
Belo e do bonito.